sábado, 1 de setembro de 2012

Corredor Universitário melhora em até 48% velocidade média dos ônibus


O resultado apurado após a construção de um corredor preferencial para o transporte coletivo no Eixo Universitário já confirma a teoria de que a cidade pode ter um ganho significativo com a priorização do transporte público. Em apenas 2,1km de extensão já foi possível um aumento na velocidade média dos ônibus que pode chegar a 48,4% no horário de maior pico do trânsito. Entre 17 e 19 horas, uma viagem que demorava 24 minutos para ida e volta caiu para 19 minutos no mesmo ciclo fechado.

A apuração foi feita pelo Consórcio da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos da Grande Goiânia, com base em comparativo entre a velocidade média dos ônibus registrada entre 10 e 12 de maio de 2011 – antes da intervenção no corredor e 14 a 16 de agosto deste ano, entre a Praça Cívica e o Terminal da Praça da Bíblia.

No pior pico da manhã – entre 6 e 7 horas, a velocidade média aumentou de 21,82 km/h para 24,15 km/h. Um ganho de mais de 20% na velocidade. Já no pico da tarde, entre 18 e 19 horas, a variação foi muito maior. De 10,6 km/h em 2011, os veículos passaram a uma velocidade média de 15,7 km/h depois da intervenção. O aumento é de 48,4%.

Na média, houve um ganho aproximado de 28% na velocidade média dos coletivos no Eixo Universitário, com ganho de 5 minutos para uma viagem de apenas 2,1 km. Parece pequena a diferença, mas se transportada para uma previsão de 250 km de corredores exclusivos projetadas para toda a região metropolitana, o ganho seria de 6 mil minutos por dia para o conjunto dos 1370 ônibus que circulam nos 18 municípios do aglomerado urbano. Na prática, o ganho de velocidade representa economia de tempo para o passageiro – ganho de qualidade de vida, possibilidade de melhor cumprimento dos horários e melhor distribuição da quantidade de pessoas dentro dos Ônibus.

A nova forma de “enxergar” o transporte coletivo, dando prioridade para as pessoas que viajam de ônibus, pode aproximar mais o planejamento apresentado pelas empresas de transportes e a realização prática do que foi aprovado na concessão do serviço. Entre a planilha de atendimento e as viagens realizadas, há as variáveis do trânsito (fatos que forgem ao controle do transporte coletivo) que confinam os ônibus de transporte coletivo em meio à confusão do tráfego entre carros e motos do transporte individual, prejudicando a qualidade do serviço.

Nos diversos fóruns de debate sobre a mobilidade urbana vem sendo adotado como consenso a constatação da Secretaria de Cidades do Governo Estadual: “Em Goiânia não faltam ônibus, e sim viagens”. Com as faixas exclusivas, a solução para o problema parece ser uma questão de tempo e novos investimentos.

Fonte: RMTC Goiânia

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