sábado, 18 de agosto de 2012

Centro-Oeste se preocupa mais com Amazônia do que com Cerrado


Pesquisa mostra desconhecimento da população sobre os cuidados com o meio ambiente.

Segundo dados divulgados hoje (16) pelo Ministério do Meio Ambiente, apenas 58% da população na Região Centro-Oeste demonstra disposição para contribuir com dinheiro para a preservação do meio ambiente. Sendo que 53% da população estariam dispostos a ajudar financeiramente a Amazônia, mas apenas 13%, o Cerrado.

Apesar de 51% da população da Região do Centro-Oeste afirmar estar mais ou menos informada sobre o assunto, a pesquisa também mostra que 59% da população na região, não separam o lixo da residência para reciclagem, por exemplo.

Para o professor na área de meio ambiente do Instituto Federal de Goiás (IFG), Antônio Pasqualetto, os dados da pesquisa demonstram um desconhecimento da população que espera soluções de outras partes como Governo Estadual, Municipal e Federal.

“A gente espera dos outros, o que nós deveríamos fazer. O meio ambiente é um direito difuso, por isso é responsabilidade de todos.”, defende.

Consumo Sustentável

A pesquisa também revelou que 71% da Região Centro-Oeste nunca ouviu falar de consumo sustentável. Segundo o professor, tudo começou com a Conferência de Estocolmo em 1972 que iniciou o debate ecológico. Em seguida veio a Eco 92, Rio+10 e agora Rio+20. Para ele, a pesquisa demonstra esses terem sido debates frustrantes.

“No final beneficiou o nível empresarial que se interessa neste mercado de consumo sustentável, porém no nível político e de cidadania, ainda estamos longe do desejável. Nós cumprimos apenas uma agenda”, afirma.

O professor acrescenta que o consumo sustentável ainda não alcançou o nível desejável na região, mas que já existem empresas interessadas que investem nesse mercado.

“O segredo é reutilizar, reciclar e reduzir. Essa é a fórmula do consumo sustentável. Por meio dela, empresas regionais têm achado formas de investimento, mas que apesar do alto custo em processos de reciclagem e adaptação ecológica de produtos ainda é muito dispendioso”, explica.

Fonte: Jornal O Hoje

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