sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Viagens dos goianos mais que dobraram


Desempenho se refere aos cinco últimos anos, segundo Abav. Procura por passagens abrange todas as classes socioeconômicas.

O goiano está viajando mais a cada ano. A comprovação vem do número de agências de viagens que mais que dobrou nos últimos cinco anos, de acordo com a presidente da seção Goiás da Associação de Agências de Viagens (Abav), Tereza Melo. Hoje, apenas Goiânia concentra 300 agências de viagens. Estimulado pela demanda cada vez maior, o setor cresce anualmente na ordem dos 12%.

“A resposta mais comum para o que a pessoa deseja fazer é viajar”, diz Tereza. A classe média tem aumentado a frequência de viagens a passeio, mas não é a única que engrossa as estatísticas do setor turístico. “A classe C tomou gosto por viajar e tem ajudado a lotar hotéis em todos os lugares”, afirma.

Embora, segundo Tereza, neste mês de julho os resultados tenham ficado aquém das expectativas, por causa da alta do dólar, que inibe, principalmen­te, as viagens internacionais, as agências mantém ascendência nas vendas de passagens com finalidade turística.

A advogada Carla de Moreira de Mendonça, de 41 anos, está de viagem marcada para a Europa: vai passar o mês em Roma. Ela conta que sempre viaja, até mais de uma vez por ano, e que tem observado que os hotéis nunca estiveram tão cheios quanto nos últimos anos. “Há um aumento visível de turistas. A economia está melhor e está mais fácil adquirir pacotes e comprar passagens”, diz a advogada.

E está mesmo! No País, os gastos com viagens da nova classe média, que tem rendimento de R$ 291 a R$ 1.019 por pessoa, cresceram em 277,3% nos últimos dez anos, segundo pesquisa do Data Popular sobre as perspectivas de viagens de turismo para os brasileiros, divulgada ontem. O volume passou de R$ 4,4 bilhões em 2002 para um gasto estimado em R$ 16,6 bilhões neste ano.

A classe média responde por 52,3% dos brasileiros que pretendem fazer uma viagem internacional nos próximos 12 meses. A parcela sobre para 60,4% quando se consideram os voos nacionais.

Na média nacional, os gastos com viagens dobraram nos últimos dez anos. Enquanto isso, os das famílias de classe média quase triplicaram. Ainda segundo a pesquisa, os gastos, somados de todas as faixas de renda, saltaram de R$ 24,1 milhões para R$ 48,1 milhões.

As famílias com ganhos de até R$ 290 por pessoa (de baixa renda) também mostraram crescimento importante. Os gastos dessa faixa com viagens cresceu em 121,7%. Por outro lado, na alta renda (ganhos a partir de R$ 1.020 por familiar), o crescimento foi de 51,7%.

“Em um ano, são 50 milhões de brasileiros dessa camada social que pretendem investir em voos nacionais. Ainda da classe média, 13,5 milhões pretendem fazer uma viagem aérea ao exterior”, afirma Renato Meirelles, sócio diretor do Data Popular.

Fonte: Jornal O Hoje

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