Construção de duas trincheiras para captar as águas dos edifícios em torno do Parque Flamboyant deve terminar em novembro.
Na terça-feira, começam as obras de construção de duas trincheiras para captar as águas dos prédios do Jardim Goiás, que atualmente é jogada nas ruas pelo entorno do Parque Flamboyant. O projeto, que deve custar aproximadamente R$ 900 mil, foi lançado na manhã de ontem. Idealizado e financiado por um consórcio formado por sete incorporadoras, é uma resposta a uma ação movida pelo Ministério Público contra as empresas e que resultou em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pelas empresas, MP e Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e pela Associação de Moradores do Entorno do Parque Flamboyant (AMEPark).
Segundo a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-Go), as ruas que sofrerão intervenções não precisarão ser completamente interditadas e contarão com o monitoramento de agentes da Agência Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (AMT). As trincheiras devem ficar prontas em novembro. Os problemas no local ocorrem desde que a área passou a ser visada pelo setor imobiliário e o Parque, hoje, é rodeado de empreendimentos de habitação.
Funcionamento
O consultor jurídico da Ademi, Sebastião Ferreira Leite, explica que as trincheiras funcionam como caixas d’ água. “A diferença é que são revestidas com pedras. Assim recebem toda a água, mas vão distribuindo-a lentamente para o lençol freático.” Ele destaca que a máquina que vai cortar o asfalto para implantar as trincheiras e os 3.156 metros de tubulação é pequena e que, por isso, os transtornos para a população serão mínimos. “A abertura do asfalto não passa de um metro”, detalha. Sebastião ainda lembra que a água que vai para as trincheiras é a das chuvas. “Essa é uma medida ecologicamente equilibrada e tecnicamente viável”, completa.
A água canalizada pelas trincheiras será utilizada para regular a lâmina de água do lago do Parque Flamboyant. “Assim teremos água no lago o ano todo, evitando que ele seque como já ocorreu em algumas ocasiões”, ressalta o vice-presidente da Ademi Renato Corrêa. De acordo com o presidente da Amma, Mizair Lemes, projetos semelhantes podem ser implementados também em outros parques da Capital. “Todas as águas que correm nas ruas precisam ser canalizadas. E se isso servir para resolver o problema de água nos parques, melhor ainda. Estamos estudando essa possibilidade”, afirma.
A previsão é de que a tubulação que levará água dos subsolos dos edifícios para as trincheiras, que irão abastecer o lago, seja instalada nas Avenida 136, E, e ruas 56, 52, 15, 46 e 12, que perpassam a vizinhança do Parque Flamboyant. De acordo com a presidente da AMEPark, Luiza Barbosa de Oliveira, em entrevista concedida na última semana, a água jogada nas ruas pelas construtoras, sujam as vias e perfuram o asfalto, sendo o principal problema do setor já que a água jogada nas vias prejudica o asfalto e o lençol freático. “Além de acabar com os alagamentos, a execução desse projeto deve impedir que o lago seque e que os peixes morram como ocorreu no ano passado”, disse Luiza, na ocasião.
Fonte: Jornal O Hoje
Foto: Autor não identificado.
Fonte: Goiânia- No coração do Brasil
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