terça-feira, 3 de julho de 2012

Vendas em supermercados têm alta de 6% em Goiás


As vendas nos supermercados goianos foram na contramão nacional e registraram alta no acumulado do ano passado. A redução da capacidade de consumo do brasileiro, principalmente das classes com menor renda, fez com que as vendas nos supermercados do País ficassem praticamente estáveis no acumulado em 2011. Segundo o indicador Serasa Experian, nas grandes redes o desempenho foi negativo em -0,6% e de 0,1% nas médias e pequenas. Avanço em Goiás foi influenciado com maior força pelas classes C, D e E.
Segundo o presidente da Associação Goiana dos Supermercados (Agos), Antônio Henrique Xavier, o setor previa crescimento de 7% nas vendas reais. O resultado foi próximo aos 6%. “O consumidor estava preocupado em administrar o crédito e quitar dívidas anteriores”, explica o presidente. Em Goiás, existem mais de dois mil supermercados. Se computados também pequenos mercados, o número ultrapassa os quatro mil.
Na média nacional, de acor­- do com o Serasa Experian, a estabilização do segmento em 2011 sobre 2010 e anos anteriores, foi influenciada pela redução da capacidade de consumo da população com me­- nor renda, devido à alta dos preços conjugada com maior endividamento decorrente da maior utilização do crédito, que esgotou a renda e levou ao consumo mais racional.
O estudo tomou como base 5.1 mil balanços de 1.2 mil empresas do segmento, no período de 2006 a 2011. Segundo a divulgação da entidade, a estagnação dos supermercados não teve interferência significativa da crise financeira mundial, por sustentar-se na demanda doméstica.
Outros dados
Os grandes supermercados vêm registrando alta desde 2007, mas chegaram ao pico em 2009 ao registrarem alta de 16,2%. No ano seguinte o resultado foi menor, mas continuou positivo (9,3%). Dessa forma, o resultado encontrado no ano passado foi o primeiro negativo dos últimos cinco anos (-0,6%). Médios e pequenos estabelecimentos ficaram estáveis (0,1%). No acumulado dos últimos cinco anos, os supermercados apresentaram evolução de 49,4% (médios e pequenos portes) e 41,1% (grande porte), enquanto que o comércio em geral cresceu 40,8% em igual período de 2011.
Ainda de acordo com o indicador, a rentabilidade dos grandes supermercados manteve-se estável, dentro dos patamares históricos do segmento e foi possibilitada pela demanda aquecida da população, tanto em 2009 quanto em 2010, o que possibilitou, ao setor supermercadista, aplicar reajustes acima dos praticados pelos fornecedores e aumentar ligeiramente a rentabilidade.

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