Espetáculo tradicional é encenado no cavalhódromo há quase 200 anos.
Festa foi trazida ao Brasil pelos colonizadores portugueses.
A cidade histórica de Pirenópolis recebeu milhares de turistas neste fim de semana para assistir às cavalhadas, que encerraram a Festa do Divino Espírito Santo. O espetáculo foi encenado no Cavalhódromo de Pirenópolis, onde há quase 200 anos a peça é apresentada.
Os personagens principais são os mouros (cavaleiros de vermelho) e os cristãos (de azul). Com lanças, velocidade e tiros, os cavaleiros interpretam a batalha travada durante a idade média na Europa, quando os mouros perdem e se convertem ao cristianismo. A tradição foi trazida pelos portugueses ao Brasil em uma tentativa de atrair negros e índios para a religião católica.
Entre as cenas, é aberto espaço aos guerreiros mascarados que podem entrar no Cavalhódromo e participar do show. Qualquer pessoa da cidade pode participar dessa parte do teatro, desde que esteja fantasiada. Os mascarados representam o povo pagão, que quer atrapalhar a batalha.
No ano passado, a festa perdeu um pouco da tradição depois da polêmica decisão da Justiça que determinou que os foliões deveriam ser identificados por números, para evitar a prática de crimes. Muitos consideraram a decisão como uma alteração da cultura original e em forma de protesto, não participaram desse momento.
Neste ano, os foliões voltaram a participar da festa. “Isso é maravilhoso, a festa sem os mascarados não tem graça nenhuma”, comenta o cantor Paulo Roberto de Aquino.
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