O bioma também será tema de pelo menos três painéis na conferência mundial, os quais vão contar com a presença de representantes de Goiás. “A preservação dos recursos do Cerrado é crucial. Não precisamos mais desmatar”, disse o governador. O seminário, que prossegue ainda hoje, aberto ao público, é uma realização do POPULAR, com apoio do governo de Goiás.
Outra informação sobre a presença de Goiás na defesa do bioma Cerrado na Rio + 20 foi anunciada pelo secretário Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Umberto Machado. Segundo ele, governos dos Estados abrangidos pelo Cerrado estão preparando um fórum para a elaboração de documento que será levado para os debates da conferência mundial. O secretário ressaltou que Goiás foi o único Estado brasileiro que conseguiu fazer uma discussão prévia, no mês de março, durante a Convenção Estadual do Meio Ambiente, com a presença de 600 delegados, quando foi elaborada a Carta do Cerrado “para chamar a atenção da importância da preservação do bioma”.
Coordenador do Seminário Goiás Rumo à Rio + 20, o jornalista Washington Novaes, lembrou que a iniciativa é uma oportunidade excepcional para avançar. Segundo ele, além dos representantes dos cerca de 200 países, a conferência mundial vai contar com a presença de 9 mil pessoas na Cúpula dos Povos, um evento paralelo promovido por organizações da sociedade civil. “Temos de mudar os padrões de consumo. Estamos vivendo a finitude de recursos”, disse o jornalista ao afirmar que as últimas informações sobre economia verde dão conta de que o planeta na atualidade consome 50% a mais de recursos naturais do que consegue repor.
Durante a conferência A Economia Verde na Rio +20, realizada ontem à tarde no Seminário Goiás Rumo à Rio + 20, o professor do Departamento de Economia da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Abramovay, destacou que o principal desafio da Rio +20 é ir além da economia verde. Segundo ele, os primeiros documentos, tanto das Nações Unidas (o chamado rascunho zero, draft zero) como a contribuição brasileira fazem como se a novidade estivesse em associar às inovações tecnológicas que o termo economia verde compreende, a luta contra a pobreza. “Lutar contra a pobreza, ampliar o alcance da ecoeficiência e da responsabilidade socioambiental corporativa é absolutamente imprescindível”, diz.
Setor Rural
Outro conferencista que esteve no evento realizado no Centro de Convenções ontem foi o professor Arnaldo Carneiro Filho, diretor da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da Presidência da República. Na conferência Perspectivas da Rio +20, o professor falou sobre os desafios a serem enfrentados pelo setor rural brasileiro, com destaque para a necessidade cada vez maior de eficiência na produção e a crise ambiental.
O seminário Goiás Rumo à Rio + 20 prossegue hoje com a presença do jornalista André Trigueiro, da Globonews, que a partir das 10h30 fará a conferência A Comunicação e a Rio + 20. No período da tarde haverá duas conferências: às 14h00, Aron Belinki, da ONG Vitae Civilis, vai falar sobre a Sociedade e a Rio + 20, e a partir das 15h45, o professor Sérgio Besserman Vianna, sociólogo e coordenador pela prefeitura do Rio de Janeiro, da organização da conferência mundial, que vai discorrer sobre O Que Esperar da Rio + 20.
Fonte: Malu Longo e Camila Blumenschein, O Popular
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