O tema deste ano foi a exigência da aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC 122/06) que visa criminalizar a discriminação motivada unicamente pela orientação sexual ou identidade de gênero da pessoa discriminada. Se a matéria for aprovada, irá alterar a Lei de Racismo para incluir tais discriminações no conceito legal de racismo, que abrange, atualmente, a discriminação por cor de pele, etnia, origem nacional ou religião.
A manifestação teve início por volta das 12h, quando os participantes começaram a se encontrar no mercado aberto localizado na Avenida Paranaíba, entre a Avenida Goiás e a Rua 74, no Centro da Capital.
O presidente da Associação da Parada de Goiás (APOGLBT), Léo Mendes, disse que o evento de Goiânia tem por objetivo reforçar o movimento para a aprovação da Lei anti-homofobia. “Estamos conclamando as pessoas para que se juntem a nós, para exigirmos a aprovação da Lei que criminaliza a homofobia no Brasil.” Ele também disse como estão as conversações com os deputados goianos no sentido de que eles ajudem na aprovação da PLC 122. “Já existe um consenso entre nós e a bancada religiosa de que nem nós e nem eles é favorável à homofobia. Agora, o que queremos saber é o que fazer com os homofóbicos, vamos deixá-los livres? Não podemos aceitar o que aconteceu na madrugada de sexta-feira, quando quatro travestis foram brutalmente assassinados por loucos homofóbicos,” disse Léo Mendes.
Outra homenageada foi a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Goiás, Yêda Leal. Ela disse que o Sintego contribui e pode oferecer ferramentas para combater a homofobia no Estado. “A educação de Goiás tem disseminado o conceito contra a homofobia. E temos projetos para a realização de palestras junto aos professores para a orientação dos alunos dentro das salas de aula. Assim, vamos poder contribuir ainda mais nessa luta contra a homofobia”, afirmou.
José Divino Alves de Castro, proprietário do Athena Bar, por meio de um trio elétrico, ajudou na realização da Parada Gay em Goiânia. “Eu acredito que o nosso movimento atingir o objetivo que é o de mostrar que a sociedade goianiense exige a aprovação da lei contra a homofobia no Brasil. Nós, do Athena Bar, não poderíamos estar fora desta luta e da parada. No final do evento estaremos realizando uma grande queima de fogos na porta do nosso bar “, pontuou.
Durante a Parada Gay, o Ministério da Saúde, por meio de seus representantes, distribuiu cerca de trinta mil preservativos, como também colocou à disposição da população presente no evento o teste de análise sanguínea da hepatite B.
Fonte: O Popular
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