Reposição será definida na segunda-feira, mas pró-reitora diz que é certo o retardamento.
Após 86 dias de paralisação, os professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) decidiram pelo fim imediato da greve. A decisão foi tomada por unanimidade na manhã de ontem durante assembleia da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Goiás (Adufg). Segundo a pró-reitora de graduação da UFG, Sandramara Matias Chaves, uma comissão está elaborando um calendário para reposição dos dias parados que será avaliado na segunda-feira. No entanto, ela garante que é impossível que isso seja feito sem atrasar o calendário letivo do próximo ano. As aulas serão retomadas na próxima terça-feira (11/09).
A pró-reitora de graduação da UFG adianta que o final do primeiro semestre de 2012 deve ser no final de outubro. As aulas do segundo semestre de 2012 devem acontecer logo em seguida. O segundo semestre tem 100 dias letivos. Por isso, as aulas só terminariam em fevereiro. “Isso contando com os recessos de fim de ano e com o período necessário para fechar as rotinas necessárias ao calendário acadêmico, com certeza vai atrasar o início do calendário de 2013”, detalha.
Presidente da Adufg, a professora Rosana Borges explica que o fim da greve já estava deliberado desde a assinatura de um acordo com o governo federal no dia primeiro de agosto. Durante o período de greve foram apresentadas duas propostas. Nenhuma assembleia de professores no País aceitou a primeira. A segunda delas teve o apoio da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), uma das entidades representantes dos docentes. No entanto, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) não concordava com a proposta.
Segundo Rosana Borges, por esse motivo, faltava uma assembleia para decidir se a greve terminaria ou continuaria. “Só não votamos anteriormente porque existe mais de uma entidade que representa os professores. Mas o fim da greve foi decidido por ampla maioria. Nem precisamos de contagem dos votos”, afirma. De acordo com ela, a atual proposta do governo reestrutura a carreira dos professores, recompõe o salário e atende a maioria das reivindicações da categoria. “Recebemos o maior aumento entre todos os servidores públicos federais”, comemora.
Fonte: Jornal O Hoje
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