quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Queimadas castigam o Cerrado de Goiás

Números registrados pelo Inpe apontam aumento de 20% nos focos de incêndio em agosto.

As altas temperaturas e a baixa umidade do ar não favorecem a preservação ambiental em Goiás. O cenário da vegetação goiana, composto em sua maioria pelo bioma Cerrado, já foi atingido por pelo menos 2.789 focos de incêndio este ano. Os números foram registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e referem-se até a última sexta-feira (7). Em um espaço de tempo de aproximadamente 28 dias, aconteceram mais de 1.400 incêndios em vegetação.

Por isso, apenas no mês de agosto há um acréscimo de 20% nos registros de ocorrências de fogo efetuados pelo Corpo de Bombeiros. Para o coordenador da Operação Cerrado Vivo, tenente-coronel Martiniano Gondim, atual número é preocupante. Pois, o ano passado, em todo mês de agosto, os Bombeiros contabilizaram 1.005 queimadas em vegetação. As queimadas no Cerrado goiano são favorecidas pelas condições climáticas – tempo seco e quente. “A vegetação está muito seca e qualquer fonte de calor propicia o início de um incêndio”, alerta.

O comandante do Corpo de Bombeiros ressalta que 99% das queimadas são provocadas pelo homem e o mais prejudicado também é o ser humano. As chamas em vegetação, em especial no terreno baldio, podem colocar a vida de pessoas em risco e até mesmo destruir casas e indústrias. O fogo libera fuligem e fumaça que piora a qualidade do ar. Desde março, o Corpo de Bombeiros desenvolve a Operação Cerrado Vivo, com palestras e treinamento de profissionais.

Ocorrências
Na quarta-feira (5), um incêndio destruiu cerca de sete hectares de uma palhada de milho em uma mata fechada, nas proximidades do município de Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Quase 30 pessoas entre bombeiros e funcionários de propriedades rurais auxiliariam no controle das chamas. Foram utilizadas também máquinas de uso agrícola para a construção de aceiros que têm a função de evitar o avanço das labaredas para possíveis Áreas de Preservação Permanente (APP).

Em agosto, a vegetação que fica atrás de uma universidade no Parque das Laranjeiras, na região sudeste de Goiânia, pegou fogo. As chamas de média proporção foram controladas com o uso de abafadores.

Fonte: Jornal O Hoje

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